sábado, 23 de julho de 2011

A Gratidão

Um homem, por detrás do balcão olhava a rua de forma distraída.
Uma garotinha (Aninha) se aproximou da loja e amassou o narizinho contra o vidro da vitrina.
Os olhos da cor do céu brilharam quando viu determinado objeto.
Entrou na loja e pediu para ver o colar de turquesas azuis. "é da cor dos olhos da minha irmã.
O dono da loja olhou desconfiado para a garotinha e lhe perguntou: "você sabe o valor dessa jóia?"
Eu acredito que o que eu tenho aqui vai dar, eu juntei durante o ano inteiro.
Eram apenas algumas moedas, que ela exibia orgulhosa.
- Sabe, eu quero dar este colar azul para a minha irmã mais velha.
Desde que morreu nossa mãe, ela cuida da gente e não tem tempo para ela.
“E hoje é 28 de Dezembro no natal eu não pude dar nada para ela, mas agora eu tenho certeza que ela ficará feliz
com o colar que é da cor dos seus olhos.”
O homem foi para o interior da loja, se lembrou do seu pai e de todo sofrimento dele para conquistar essa loja,
e o colar tinha um valor que nem se comparava com aquelas moedinhas, mas ele colocou o colar em um estojo,
embrulhou com um vistoso papel vermelho e fez um laço caprichado com uma fita verde e pensando no pai.
- Tome, leve com cuidado.
Ela saiu feliz, saltitando pela rua abaixo.
Ainda não acabara o dia quando uma linda jovem de longos cabelos loiros e maravilhosos olhos azuis adentrou a loja.
Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho desfeito e indagou:
- Este colar foi comprado aqui?
- Sim, senhora.
- E quanto custou?
- Ah, falou o dono da loja, o preço de qualquer produto da minha loja é sempre um assunto confidencial entre o
vendedor e o freguês.
A moça continuou: "mas minha irmã tinha somente algumas moedas.
O colar é verdadeiro, não é?
Ela não teria dinheiro para pagá-lo!"
O homem tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e devolveu à jovem.
- Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar - disse ele.
- Ela deu tudo o que tinha.
O silêncio encheu a pequena loja, as lágrimas rolaram pela face da jovem, enquanto suas mãos tomavam o embrulho
e ela retornava ao lar, emocionada.

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